Um pouco de tudo e algo mais sobre nada...

domingo, 22 de julho de 2012

Amanhã serão 20

Amanhã vou fazer 20 anos. É... duas décadas. Parece tão pouco tempo pra tanto tempo, se é que você me entende. Bastante assustador. Não está sendo um momento dos mais fáceis, e olha que nem estou velha. Cada coisa né.
20 anos é uma data bem especial para mim. Sei que é apenas uma data, mas sempre me importei com aniversários. Esse, especificamente, eu estava esperando desde que o de 15 anos passou. É, aniversário de 15 anos, coisa boa. O meu não teve baile nem festa pra falir a família, mas foi provavelmente o melhor dia da minha vida. Convidei os melhores amigos para uma pizzaria, e comemos todas as coisas que eu mais gostava - pizza, sorvete e bolo. Consegui até autorização especial pra trazer todo mundo no ônibus, à noite - não podia no internato, mas consegui. E minha mãe trouxe máscaras, anteninhas, luzinhas neon. Não me lembrava de ter visto meus amigos tão ridículos antes: uma experiência única.
Naquela época, eu achava que tinha tudo na vida: Vários ótimos amigos, um quase namorado, muitas atividades sociais, liberdade (e tempo) para fazer o que dava no internato. Irmão e família, eu apurrinhava quando dava. A gente se virava como podia. Naquele dia, eu não via porque a vida pudesse não dar certo.
Algum tempo passou, fui descobrindo que sim, tinha coisa pra dar errado. Alguns amores frustrados, gente que foi-se pra longe, bastante trabalho e a sensação de terem tirado de você tudo aquilo de que gostava. Mais realista e menos sonhadora, a vida parecia  mais cinza, mais vil. E eu olhava os adultos e queria ser tudo, menos um deles.
Mais um tempo passou. Fiz novos amigos, desisti da perfeição. Sofri bastante por paixões, até esqueci das regras que eu queria pra mim. Um dia fiz tudo errado e fui parar com a pessoa que sempre sonhei. Só precisei de um pouco de coragem, uma dose de inconsequência e o coração aberto, porque a cabeça pensando já tinha e demais. E daí passei a ver a vida de novo mais linda.
Eis que os 20 anos estão aí, e eu novamente acho que tenho tudo para a vida dar certo. Era o momento certo para reunir todo mundo, fazer uma grande festa, porque afinal, não tarda em chegar o dia em que tudo vai pelos ares. E precisarei lembrar que sim, mesmo que não dure pra sempre, isso existe e está bem perto. Talvez a vida possa sempre ser boa se a gente deixar de ser tão ruim.
A vida me deu tudo, mas não me deu a chance de celebrar esse momento com as pessoas que amo. Estou do outro lado do mundo normal (que é o Brasil, claro!). Estou na Austrália. Um lugar lindo e tudo o mais, mas francamente, nessas 2 semanas que estou aqui, passei mais mal do que bem. Sõ pessoas maravilhosas, mas não são as que eu amo, pelo menos ainda não. Então não terei a festa que sonhei, para guardar fotos para toda a vida. Pelo menos não as fotos que eu imaginava.
A gente é estranho né, sonha conhecer o mundo, só pra sonhar em voltar pra casa. A grama do vizinho parece sempre mais verde, e o país do vizinho também. Se tem uma coisa que estou tentando aprender a ferro e a fogo, é: aproveite o que você tem agora. Pode até não ser o que você esperava, mas um dia vai querer de volta, verdade cruel. Pessoas e coisas vêm e vão, se você conseguir amar o que é certo já é um gênio. Lembranças existem para fazer sorrir, se não fazem... é, talvez melhor desapegar.
A vida e tudo de bom e ruim que com ela vier, aproveite! É a minha sabedoria de quase 20 anos. Ou a falta dela. Até mais ver.
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sexta-feira, 20 de julho de 2012

Mundo Bipolar e o Tédio

Vivemos num mundo bipolar. Ao mesmo tempo as pessoas estão otimistas, sorrindo pra vida, perdoam todo mundo, acreditam no amor. Por outro, estão chorando, a vida é cruel, guardam rancores, ferem os outros. Claro que o que as pessoas mostram ao mundo nem sempre é o que são de verdade. Mas ultimamente não conseguem decidir nem o que mostrar ao mundo. Tudo é aceitável, tudo é interessante, então tá difícil saber o que fingir.

Nem para a rebeldia estão com disposição: foi-se a época em que jovens causavam problema saindo de casa, enchendo a cara ou fumando maconha, namorando escondido. Hoje tem pai que que dá grana pro filho ir pra balada, deixa a "ficante" dormir em casa, e ainda acorda os dois com comida na mesa. Vai ser rebelde como, matando alguém?

Antigamente imitava-se o que passava na TV. Hoje a cultura é a internet, e como na internet você tem que saber o que quer ver, as pessoas estão descobrindo que não sabem o que querem. Simples assim. Não digo que a humanidade fosse melhor antes, mas ao menos sabia-se o que era certo ou errado, mesmo que se optasse pelo errado. Já hoje, parece que tudo é um tédio. Tá aí uma palavra que descreve bem a geração atual.

Vivemos numa época de moralidade, mas não de caráter. Recicle seu lixo. Coma comida saudável. Defenda os animais. Espalhe a paz pelo mundo. Fale de Deus. Está tudo aí, é só compartilhar uma imagem no facebook. Há uma espécie de obcessão moderna por mostrar-se sempre entusiasmado, auto-confiante e alegre, ao mesmo tempo em que se compartilham também mensagens claras de ressentimento e orgulho, do tipo "a sua inveja faz o meu sucesso" ou "a vida é assim mesmo, leva embora quem nunca fez diferença"

Sabe o que eu penso? Dane-se as imagens bonitinhas ou os dramas psicológicos que se postam no facebook. É tudo uma perda de tempo. Quer passar o tempo? Publique memes sobre a sua preguiça. Ou sobre a sexta-feira. Ou sobre bichinhos fofos. Sei lá. Mas não pense que é um filósofo da vida porque compartilha frases de Caio Fernando Abreu ou Clarice Lispector. Se você não notou, todo mundo faz isso, então não te torna especial.

Quer mesmo ter uma vida interessante? Vou te dar uma ideia: desligue de vez em quando o modo automático. Está triste? Chore. Você não tem que estar feliz sempre. Está apaixonado? Diga... quem sabe ao invés de ser um apaixonado platônico, você não consegue um amor real? Está com fome? Coma algo diferente do que você come sempre. Faça uma receita nova, sei lá. Está ferrado nos estudos? É, saia do computador e - pasmem - estude! Tem funcionado desde a antiguidade.

Agora, quer algo que faça sua vida valer mesmo a pena? Faça algo de bom para alguém. Ore por essa pessoa. Ligue para quem você tem saudade. Ouça um amigo desabafar. Dê o ombro para quem precisa. Compartilhe o que você tem de bom. Ou de ruim, se precisar. Mas não morra nessa bolha de vidro que você mesmo criou, observando o mundo lá fora e como ele parece mais bonito que o seu. Pense em você. Tenha as suas opiniões, mas pra isso você tem que arriscar um pouco. Acredite no que é certo, mas não teime no que é inútil. Depois, pense nos outros. A vida fica mais leve quando se esquece de si para lembrar de alguém.
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Cotidiano - Aproveitando o Momento

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