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domingo, 2 de junho de 2013

A cura do tédio é a disciplina

Por alguma razão, a maioria das pessoas (incluindo eu) nunca pensou que a razão de acharem um determinado dia (ou semana, ou mês, ou a vida toda) um tédio, poderia ter alguma relação com a sua falta de disciplina pessoal. Podemos culpar a falta de disciplina por várias coisas, mas o tédio não é uma delas, certo? Afinal, quanto menos disciplinada, mais imprevisível sua vida. As pessoas disciplinadas, certinhas, essas sim devem ter a vida mais tediosa do mundo. É o que a gente pensa. É o que eu sempre pensei. Acontece que as pessoas que mais reclamam do tédio são, geralmente, as mais  irresponsáveis. Então alguma coisa nessa teoria deve estar errada.

Achamos que uma vida previsível é sinônimo de uma vida tediosa, então buscamos torná-la surpreendente. Claro que o surpreendente é efêmero: Passada a surpresa, torna-se comum. O que precisamos é de uma vida significativa, ao invés de surpreendente. O tédio que tanta gente sofre não é, essencialmente, uma falta de ENTRETERIMENTO. É uma falta de SACRIFÍCIO. É aquele vazio que se sente por nunca andar a segunda milha, fazer algo bem feito, à custa de sacrifício pessoal. Quando a vida gira em torno do que se recebe, e não do que se oferece, nada é suficiente para alegrar o coração por muito tempo.

Quem é proativo chegará ao feriado com a sensação de dever cumprido, e não precisará se desesperar na busca de algo que grite tão alto que abafe a mediocridade. A sensação de tédio aparece quando o nosso "agente alienante", seja ele qual for (filmes, música, amizades, relacionamento, viagens, compras), nos é retirado, ou não tem mais o mesmo efeito. É um anestésico que proporciona entreterimento, mas não crescimento, ou significado. Talvez se buscássemos nessas mesmas coisas (filmes, música, amizades, relacionamento, viagens, compras) um crescimento nosso e dos outros, elas seriam melhor escolhidas, e o tempo melhor distribuído entre as atividades.

Quem é sábio não busca ter mais dinheiro, mas tornar-se um profissional melhor, e usar melhor o dinheiro que possui. Essas pessoas não trabalham bem para ganhar mais dinheiro - elas ganham mais dinheiro porque trabalham bem. Ou então não ganham, mas ainda assim trabalham bem. Aliás, quem se dedica a coisas que vão além do dinheiro - família, amigos, comunidade, ideais, e Deus - tem uma riqueza que não se pode medir. Quem sabe o que é se dedicar de verdade ao que é importante, pode sentir-se cansado, desanimado, incompreendido. Mas entediado não - dar o melhor de si ocupa o tempo que o tédio precisaria para se desenvolver.
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