“Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” João 3:16
Esses dias, estive lendo uma comparação interessante entre o Deus verdadeiro e alguns deuses pagãos. É interessante notar como os seres humanos imaginam deuses que espelham um caráter absolutamente humano. Em outras palavras, são pessoas comuns, com mais (muito mais) poder. Deuses que se apaixonam, casam, têm filhos. Que seguem uma hierarquia, têm líderes, tarefas a cumprir e funções definidas. Pior: deuses que muitas vezes odeiam, invejam, traem, roubam, matam. Histórias repletas de tragédias tipicamente humanas e pecaminosas. Talvez por isso mesmo as achemos tão atraentes e irresistíveis.
Isso me faz refletir sobre algo interessante: Se nos fossem dados poderes, provavelmente acabaríamos como aqueles deuses das antigas mitologias. Isso porque o coração humano tem intrínseco algo realmente ruim: o egoísmo. Queremos ser melhores que todos, melhores em tudo. Queremos tudo para nós – e queremos agora. Pense bem: se uma ou outra pessoa de repente pudesse fazer surgir comida do nada, quanta comida fosse necessária, o que aconteceria? Eu acredito que fariam surgir comida para quem está morrendo de fome. Mas não sem antes garantir que suas vontades fossem satisfeitas, cobrando muito dinheiro do governo ou exigindo a servidão dos famintos. Pense se você mesmo não faria algo semelhante, se pudesse...
Mas o mais incrível é que a Bíblia, ao contrário de mitologias diversas, mostra uma história contrária – ao invés de egoísmo, amor. Um amor tão grande e perfeito que desafia a lógica e as emoções humanas. Um amor que, ao invés de exigir, dá. E dá. E dá de novo, a seres imperfeitos, incrédulos e imerecedores. Um amor que não pode ter sido inventado por um simples homem qualquer, pois é a essência do caráter de um Deus único e poderoso. Deus cujo poder é usado não em favor próprio, mas em nosso favor. Por toda a eternidade.
Ao invés de exigir um sacrifício dos homens, Jesus se sacrificou por eles. Deixou o Céu, com suas honras e seus poderes, sua glória e a adoração de todos os seres do Universo; para se tornar um homem comum, humilde e sofredor. Que contraste! Ao invés de poderes divinos e caráter humano, Jesus tinha caráter divino, num corpo humano sem poder algum. Isso é que é grandeza. E para completar essa obra insana, incompreensível aos olhos humanos, Ele morre – sozinho e humilhado numa cruz – por pessoas que não o aceitaram, mas também por pessoas que aceitaram. O que entristece profundamente a Cristo não é a indignação pelo seu sacrifício não compreendido. É um desejo profundo de poder fazer mais alguma coisa por aquelas pessoas ainda perdidas. Ele clama, Ele bate. Mas não é possível fazer mais nada. Ele pode apenas amá-las – e esperar que um dia sejam alcançadas por esse amor.
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