Verdade seja dita: o jogo tem muito a ver com a vida. Você não controla o que te acontece, apenas o que faz a partir disso. Você vence um desafio, apenas para vencer outro maior ainda. A gente é movido a desafios... não sabemos o que está à frente, apenas que há um desafio. E a gente vai. O jogo perde a graça se você fica apenas onde é seguro e você conhece. A vida perde a graça se você fica apenas onde é seguro e você conhece.
Mas no jogo... há apenas um objetivo... apenas um caminho. Ou no máximo alguns, mas levam ao mesmo objetivo. Você perde, volta e tenta de novo. Ou tenta um atalho. A vida não é um jogo. Há momentos em que se deve desistir, e desistir não é perder. Não importa quantas vezes se tente, certas coisas não serão alcançadas. Sabedoria é mudar o objetivo, é mudar o caminho, é mudar a si mesmo. Difícil é desistir daquilo a que nos agarramos com todas as forças. Mas pouco é realmente essencial.
Fato é que gostaria de controlar a vida como controlo o jogo. Pelo menos a mim mesma. E o jogo é fuga, queira ou não. Nele não há pessoas. Há perigos, mas não conflitos. Não há crise de identidade. São as pessas que tornam a vida complicada, mas são elas que fazem de fato a vida. Uma hora é preciso parar de jogar e começar a viver. Cada um entenda como quiser.
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